terça-feira, 12 de novembro de 2013

Autores do Simbolismo: Vida e Obra

Camilo de Almeida Pessanha (Coimbra-1867 / Macau-19526)



Formou-se em direito.
Mudou-se para Macau, na China, onde foi professor secundário e advogado. Integrado à vida oriental, deixou escritos sobre cultura e literatura chinesa.
Também traduziu poesia do chinês para o português.
Principal representante do Simbolismo em Portugal com a publicação  de sua única obra Clépsidra.

Obras:


  • Clépsidra  (1920) – poemas


Alphonsus Guimaraens (Ouro Preto-1870 / Mariana-1921)





Foi conhecido como “O solitário de Mariana”.
Cursou Engenharia em Ouro Preto e Direito em São Paulo, onde tomou contato com o Simbolismo.
Exerceu o cargo de Juiz em Minas Gerais.
Sofreu muito com a morte da amada, isso lhe despertou um grande  sentimento religioso.
Sua obra é marcada pelo pessimismo, religiosidade e um forte questionamento da vida.
Sua poesia é marcada pela espiritualidade, sendo considerado um poeta místico, porque sua obra apresenta uma atmosfera de religiosidade, sonho e mistério.

Obras:

  • Poesia: Kyriale;
  • Câmara Ardente;
  • Centenário das Dores de Nossa Senhora;
  • Dona Mística;
  • Pauvre Lyre;
  • Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, depois conhecido com o título Poesias.
  • Prosa: Mendigos


Cruz e Sousa (1861-1898) 



Foi poeta brasileiro. Fez parte do Simbolismo, Movimento Literário que teve sua origem na França em 1870. A crítica francesa o considerou um dos mais importantes simbolistas da poesia ocidental.
Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, Santa Catarina, no dia 24 de novembro de 1861. Filho de escravos alforriados, nasceu livre. Foi criado como filho adotivo do Marechal-de-Campo Guilherme Xavier de Sousa e Clarinda Fagundes de Sousa, de quem herdou o sobrenome. Aos sete anos fez seus primeiros versos. Aos oito anos declamava em salões e teatrinhos. Em 1871, com dez anos, matriculou-se no colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou durante 5 anos.
Em 1877, Cruz e Sousa dá aulas particulares e começa a publicar seus versos em jornais da província. Em 1881, funda junto com Virgílio Várzea e Santos Lostada, o jornal literário "Colombo". Durante dois anos percorreu várias cidades brasileiras, junto com a Companhia Dramática Julieta dos Santos. Lê pela primeira vez Baulelaire, Leconte de Lisle, Leopardi, Guerra Junqueiro e Antero de Quental.
Em 1883, aproxima-se do então presidente de Santa Catarina, Gama Rosa. Em 1884 é nomeado promotor de Laguna, mas foi recusado pelos políticos e não toma posse. Nessa época Cruz e Sousa já se destacava como fervoroso conferencista pró abolição.
Cruz e Sousa estréia, em 1885, em parceria com Virgílio Várzea, o livro "Tropos e Fantasias". Nesse mesmo ano assume a direção do jornal "O Moleque". No ano da abolição, 1888, o poeta vai para o Rio de Janeiro, onde em 1890 fixa residência definitivamente, trabalhando como arquivista na Central do Brasil.
Em 1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves. Em fevereiro desse mesmo ano, publica "Missal", poemas em prosa, e em agosto publica "Broquéis", versos. Com eles Cruz e Sousa rompia com o Parnasianismo e introduzia o Simbolismo, em que a poesia aparece repleta de musicalidade, fazendo surgir um movimento de revitalização da vida espiritual do ser humano.
Em 1905, seu grande amigo e admirador, Nestor Vítor, publicou, a obra maior do poeta, "Últimos Sonetos", em Paris. A crítica francesa o considerou um dos mais importantes simbolistas da poesia ocidental. Sua obra completa, "Cruz e Souza, Obra Completa" foi publicada num volume de mais de oitocentas páginas, em comemorações do centenário de seu nascimento.
João da Cruz e Sousa morreu de tuberculose, em Estação do Sítio, Minas Gerais, no dia 14 de março de 1898.

Obras de Cruz e Sousa
  • Tropos e Fantasias, poesia em prosa, 1885
  • Missal, poesia em prosa, 1893
  • Broquéis, poesia, 1893
  • Evocação, poesia em prosa, 1898
  • Faróis, poesia, 1900, póstuma
  • Últimos Sonetos, poesia, 1905, póstuma
  • Outras evocações, poesia em prosa, 1961, póstuma
  • O Livro Derradeiro, poesia em prosa, 1961, póstuma
  • Dispersos, poesia em prosa, 1961, póstuma
  • Cruz e Sousa, Obra Completa, 1961, póstuma


Eugênio de Castro (1869-1944)



           Poeta e autor dramático, nascido a 4 de março de 1869, em Coimbra, e falecido a 17 de agosto de 1944, na mesma cidade. Formado pela Faculdade de Letras de Coimbra, aí viria a desempenhar funções docentes e diretivas. É ainda durante os estudos académicos que funda, em 1889, com João Menezes e Francisco Bastos, a revista Os Insubmissos, criada com um intuito deliberado de rivalizar com a revista académica Boémia Nova, recém-lançada por Alberto de Oliveira e António Nobre. Na polémica entre as duas publicações serão colocadas questões de versificação (o problema da cesura do alexandrino) que, se não têm a ver diretamente com o Simbolismo, contribuirão para uma nova consciência da linguagem poética, afim das premissas daquele movimento, cuja emergência é usual datar-se de 1890, data da publicação do volume poético Oaristos de Eugénio de Castro. Deixando para trás quatro volumes de poesia (Canções de abril, 1884; Jesus de Nazaré, 1885; Per Umbram, 1887; Horas Tristes, 1888) pouco significativos na bibliografia do autor, se considerados à luz da estética de que viria a ser porta-voz, na introdução a Oaristos, o poeta acusaria os lugares-comuns sobre que assentava a poesia sua contemporânea, quer ao nível de imagens, de rimas e de léxico, defendendo uma nova expressão poética, que, reclamando a "liberdade do ritmo", o processo estilístico da aliteração, as "rimas raras", os "raros vocábulos", e um estilo "decadente", se traduziria, neste, como em volumes posteriores, como Horas, numa poética atenta ao valor sugestivo e musical do significante, alheia a qualquer compromisso com a realidade social e defensora de uma poética de "arte pela arte". Em 1895, Eugénio de Castro fundou a revista internacional A Arte, que, anunciando a colaboração de autores como Paul Adam, Gabriele d'Anunzio, Maurice Barrès, Gustave Khan, Maeterlinck, Stéphane Mallarmé, Jean Moréas, Jules Renard, J. H. Rosny, ou Verlaine, pretendia constituir, ligando alguma poesia portuguesa (sobretudo a do autor) à poesia europeia, um elo no movimento simbolista internacional, com cujos representantes Eugénio de Castro mantinha, aliás, correspondência.
A sua poesia, seja nesta primeira fase, onde a influência do simbolismo de matriz verlainiana é muito nítida, seja em fases posteriores, de refluxo neoclassicista (A Fonte do Sátiro e Outros Poemas, Camafeus Romanos, A Mantilha de Medronhos, Descendo a Encosta), nunca se libertou do epíteto de esteticista e escolar, sendo, no entanto, uma referência incontornável na análise do processo de libertação da linguagem poética que viria a culminar com o modernismo. No domínio da expressão dramática, peças como Belkiss inscrevem-se numa compreensão do fenómeno teatral próxima do teatro simbolista de Maeterlinck, a que se seguiriam outras tentativas, de pendor classicista, como Constança.


Obras: 
  • Canções de abril, 1884; 
  • Jesus de Nazaré, 1885; 
  • Per Umbram, 1887; 
  • Horas Tristes, 1888)


Augusto Carvalho Rodrigues DOS ANJOS (1884 – 1914)



Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de 1884  Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.
É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.
Um dos maiores biógrafos de Augusto dos Anjos é outro conterrâneo seu, o médico paraibano Humberto Nóbrega, trazendo à tona A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos uma das críticas mais relevantes às contribuições à investigação científica sobre o EU por meio de sua obra de longo fôlego, publicada em 1962, pela editora da primeira Universidade Federal da Paraíba, na qual o biógrafo Humberto Nóbrega foi também Reitor.
Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, atualmente no município de Sapé, Estado da Paraíba. Foi educado nas primeiras letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos sete anos de idade.
Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907. Em 1910 casa-se com Ester Fialho. Seu contato com a leitura influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo. 

Poesia: 
  • Saudade (1900);
  • Eu e Outras Poesias (1912) (livro de poemas)
  • Psicologia de um Vencido (soneto); 
  • Versos íntimos.


Emiliano David PERNETA (1866 – 1921)



Emiliano David Perneta (Pinhais, 3 de janeiro de 1866  Curitiba, 19 de janeiro de 1921) foi um poeta brasileiro importante, um dos fundadores do Simbolismo em nosso país. Emiliano era irmão de Júlio Perneta.
Nascido em um sítio de Pinhais, na zona rural de Curitiba, incorporou ao sobrenome um apelido de seu pai.
Considerado o maior poeta paranaense em seu tempo, começou influenciado pelo parnasianismo. Foi abolicionista, tendo feito palestras em defesa dos ideais libertários. Publicou artigos políticos e literários, assim como passou a incentivar, em Curitiba, a leitura de Baudelaire.
Publicou seus primeiros poemas em O Dilúculo, de Curitiba, em 1883.
Mudou-se para São Paulo em 1885, onde fundou a Folha Literária, com Afonso de Carvalho, Carvalho Mourão e Edmundo Lins, em 1888. No mesmo ano publicou "Músicas", de versos parnasianos, e o panfleto "Carta à Condessa D'Eu". Foi também diretor da Vida Emiliano David Perneta (Pinhais, 3 de janeiro de 1866  Curitiba, 19 de janeiro de 1921) foi um poeta brasileiro importante, um dos fundadores do Simbolismo em nosso país. Emiliano era irmão de Júlio Perneta.
Nascido em um sítio de Pinhais, na zona rural de Curitiba, incorporou ao sobrenome um apelido de seu pai.
Considerado o maior poeta paranaense em seu tempo, começou influenciado pelo parnasianismo. Foi abolicionista, tendo feito palestras em defesa dos ideais libertários. Publicou artigos políticos e literários, assim como passou a incentivar, em Curitiba, a leitura de Baudelaire.
Publicou seus primeiros poemas em O Dilúculo, de Curitiba, em 1883.
Mudou-se para São Paulo em 1885, onde fundou a Folha Literária, com Afonso de Carvalho, Carvalho Mourão e Edmundo Lins, em 1888. No mesmo ano publicou "Músicas", de versos parnasianos, e o panfleto "Carta à Condessa D'Eu". Foi também diretor da Vida Semanária, com Olavo Bilac, e colaborador do Diário Popular e Gazeta de São Paulo.
Republicano, no dia 15 de novembro de 1889 formou-se em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, e como orador da turma fez um discurso inflamado em defesa da República, sem saber que a mesma havia sido proclamada horas antes no Rio de Janeiro.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1890. Lá, colaborou com vários periódicos e, em 1891, foi secretário da Folha Popular, na qual foram publicadas as manifestações inicias do movimento simbolista, assinados pelos poetas B. Lopes, Cruz e Sousa e Oscar Rosas.
Após residir, por um curto período, em Minas Gerais, voltou ao Paraná em 1896, fixando-se então definitivamente em Curitiba, passando a exercer aí o jornalismo, a advocacia e o magistério. Criou a revista simbolista Victrix em 1902.  com Olavo Bilac, e colaborador do Diário Popular e Gazeta de São Paulo.
Republicano, no dia 15 de novembro de 1889 formou-se em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, e como orador da turma fez um discurso inflamado em defesa da República, sem saber que a mesma havia sido proclamada horas antes no Rio de Janeiro.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1890. Lá, colaborou com vários periódicos e, em 1891, foi secretário da Folha Popular, na qual foram publicadas as manifestações inicias do movimento simbolista, assinados pelos poetas B. Lopes, Cruz e Sousa e Oscar Rosas.
Após residir, por um curto período, em Minas Gerais, voltou ao Paraná em 1896, fixando-se então definitivamente em Curitiba, passando a exercer aí o jornalismo, a advocacia e o magistério. Criou a revista simbolista Victrix em 1902. 

Poesia: 
  • Músicas (1888);
  • Carta à Condessa D'Eu (1889); 
  • Ilusão (1911);
  • Setembro (1934), póstumo.


Prosa: 
  • O Inimigo (1889); 
  • Alegoria (1903);
  • Oração da Estátua do Marechal Floriano Peixoto (1905).


Teatro: 
  • Pena de Talião (1914); 
  • A Vovozinha (1917), peça infantil; 
  • Papilio Innocentia (1966), libreto de ópera calcado em Inocência, de Taunay.


Mário Veloso Paranhos Pederneiras (Rio de Janeiro 1868 - 1915)



Estreou na imprensa por volta de 1878, quando colabora como o jornal estudantil O Imparcial, do Grêmio Literário Artur de Oliveira, no Rio de Janeiro RJ. Colabora ainda com a Gazeta de Notícias, Sans Dessous, O Tagarela e Novidades. Cursa o primeiro e o segundo ano da Faculdade de Direito, em 1888 e 1889, em São Paulo SP, mas não chega a conclui-la.
Em 1900 publica Agonia, seu primeiro livro de poesia. Na década de 1910, trabalha na elaboração em prosa da revista teatral inédita Dona Bernarda e da comédia inédita O Dr. Mendes Camacho. Conquista o terceiro lugar no concurso para Príncipe dos Poetas Brasileiros, em 1913, no Rio de Janeiro. Sua obra poética inclui os livros Rondas Noturnas (1901), Histórias do meu Casal, 1904/1906 (1906) e Ao Léu do Sonho e à Mercê da Vida (1912), de estética simbolista. Segundo o crítico Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919 - 1992), "um poeta houve entre os nossos simbolistas que se tornou, com o tempo, o cantor das alegrias da vida doméstica e também das tristezas que a assaltam: esse poeta do lar, da saudade da filha morta, da gratidão à esposa, das coisas humildes como as árvores da rua, a mangueira do quintal, o passeio público, etc., foi Mário Pederneiras".

Obras:
  • Rondas Noturnas (1901)
  • Histórias do meu Casal, 1904/1906 (1906)
  • Ao Léu do Sonho e à Mercê da Vida (1912) 


Grupo 4:

  • Beatriz Bezerra Nº 02
  • Bruna Fioravanti Nº 03
  • Fabricio Freire Nº 08
  • Rafaela Pastore Nº 29

3 comentários:

  1. NÂO ENTENDI, POR QUE OUTRO GRUPO COM OS AUTORES E OBRAS?

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    1. O meu tema era "Principais autores (vida e obra)" não sei relativo ao outro grupo.

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